Abordagem de Pólipos e Lesões Colorretais - Diagnóstico e Tratamento Individualizado

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Pólipos Intestinais e Síndromes polipoides

15 maio

Abordagem de Pólipos e Lesões Colorretais - Diagnóstico e Tratamento Individualizado

Pólipos colorretais são formações anormais na mucosa do intestino grosso que podem variar de benignos a lesões transformadas (com potencial maligno ou já contendo células cancerosas). Com o aumento da triagem por colonoscopia, mais pólipos estão sendo detectados, permitindo tratamentos precoces e menos invasivos.

Os pólipos podem ser classificados com base em sua morfologia (forma) e padrões histológicos, como:

  • Pediculados: Com haste, mais fáceis de remover.
  • Sésseis: Sem haste, podendo exigir técnicas mais avançadas.
  • Lesões planas: Difíceis de detectar e frequentemente associadas a maior risco de malignidade.

Classificações e Avaliações de Risco

A avaliação precisa do pólipo durante a colonoscopia é essencial para decidir o tratamento adequado. Entre as classificações utilizadas estão:

  1. Classificação de Paris:
    • Classifica os pólipos pela aparência morfológica, como elevados, planos ou deprimidos, para prever a profundidade da invasão.
  2. Classificação de Kudo:
    • Baseia-se no padrão vascular e glandular para estimar o risco de malignidade. Lesões com padrões irregulares ou ausentes indicam maior risco.
  3. Classificação NICE:
    • Usa características endoscópicas como coloração, padrão de superfície e vasos para diferenciar lesões benignas de malignas.

Essas ferramentas ajudam a determinar se o pólipo pode ser tratado endoscopicamente ou se necessita de cirurgia.

Tratamento de Lesões Colorretais

As opções de tratamento variam conforme o tamanho, localização e risco de transformação maligna da lesão:

  1. Ressecção Endoscópica da Mucosa (EMR):
    • Indicada para lesões superficiais, sem sinais de invasão profunda.
    • Técnica segura para a remoção de lesões pequenas e benignas.
  2. Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD):
    • Permite a remoção completa de lesões maiores ou com suspeita de malignidade superficial, preservando o órgão.
  3. Cirurgia:
    • Reservada para lesões com invasão profunda (T1 com fatores de risco para metástase linfonodal) ou para casos onde o tratamento endoscópico não é viável.

A Importância da Avaliação Individualizada

Nem todos os pólipos ou lesões colorretais requerem cirurgia. A decisão entre tratamento endoscópico ou cirúrgico depende de uma avaliação detalhada, considerando:

  • Risco de invasão profunda: Lesões com padrões irregulares ou deprimidos devem ser tratadas com cautela.
  • Condições do paciente: Idade, comorbidades e preferências pessoais.
  • Localização da lesão: Algumas áreas do cólon podem ser mais difíceis de acessar endoscopicamente.

A consulta com um especialista em endoscopia avançada é essencial para garantir o manejo adequado e evitar intervenções desnecessárias.

Reflexões Finais

A detecção precoce de pólipos colorretais oferece a oportunidade de prevenir o câncer colorretal de forma menos invasiva. A aplicação de classificações modernas, aliada a técnicas endoscópicas avançadas, permite um tratamento seguro e personalizado para cada paciente. Sempre que necessário, buscar uma segunda opinião com um especialista em endoscopia ou cirurgia colorretal é fundamental para decisões bem informadas.