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O câncer de endométrio é o tumor mais comum do sistema reprodutivo feminino em países desenvolvidos, especialmente em mulheres após a menopausa. Compreender os fatores de risco, sinais de alerta e opções de tratamento pode ajudar na detecção precoce e no cuidado adequado.

O que é o endométrio?

O endométrio é o tecido que reveste o interior do útero. Ele responde aos hormônios sexuais femininos, como o estrogênio e a progesterona, para sofrer mudanças ao longo do ciclo menstrual. Esse tecido se prolifera e descama mensalmente, resultando na menstruação.

Fatores de risco para o câncer de endométrio

O câncer de endométrio está relacionado principalmente ao desequilíbrio hormonal, especialmente ao excesso de estrogênio em relação à progesterona. Os principais fatores de risco incluem:

• Menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos) e menopausa tardia.
• Ausência de gravidez: Mulheres que nunca engravidaram têm maior exposição ao estrogênio.
• Obesidade e síndrome metabólica: O tecido adiposo produz estrogênio em excesso.
• Diabetes tipo 2: Associado ao aumento do risco.
• Uso de tamoxifeno: Medicamento usado para câncer de mama que, embora bloqueie o estrogênio na mama, pode estimular o endométrio.
• Síndrome de Lynch: Condição genética que aumenta o risco de câncer de endométrio e outros tipos de câncer.

Termo técnico explicado:

• Síndrome de Lynch: Doença hereditária causada por mutações genéticas que comprometem a reparação do DNA, aumentando o risco de câncer em vários órgãos.

Quais são os sinais de alerta?

Os principais sintomas do câncer de endométrio incluem:

• Sangramento vaginal após a menopausa: É o sinal mais comum e deve ser investigado imediatamente.
• Cólica ou dor pélvica persistente.
• Secreção vaginal aquosa ou com sangue.
• Irregularidade menstrual ou sangramento abundante em mulheres ainda menstruando.

É importante não ignorar esses sintomas, mesmo que sejam leves.

Diagnóstico

Não existem exames de rastreamento específicos para o câncer de endométrio. No entanto, na presença de sintomas ou alterações em exames de imagem de rotina, são realizados:

• Histeroscopia: Um exame endoscópico do útero para visualizar o endométrio e coletar amostras.
• Curetagem uterina: Procedimento para remover e analisar amostras do tecido uterino.
• Exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, são usados para avaliar a extensão da doença.

Termo técnico explicado:

• Histeroscopia: Exame que utiliza uma câmera para visualizar diretamente o interior do útero.

Tratamento do câncer de endométrio

O tratamento depende do estágio da doença e das condições da paciente.

1. Cirurgia

• Histerectomia total: Retirada do útero, trompas e ovários.
• Linfadenectomia: Remoção de linfonodos próximos para avaliar a extensão do câncer.

2. Terapias complementares

• Radioterapia e quimioterapia: Reduzem o risco de recorrência em casos de alto risco.
• Hormonioterapia: Pode ser utilizada em mulheres jovens que desejam preservar a fertilidade, mas é indicada apenas para tumores iniciais.

3. Tratamento de recidivas

• Para recidivas ou metástases, as decisões envolvem uma equipe multidisciplinar.
• Imunoterapia pode ser considerada em casos avançados.

Termo técnico explicado:

• Imunoterapia: Tratamento que estimula o sistema imunológico a combater células tumorais.

Prevenção e Cuidados

Embora o câncer de endométrio não tenha exames de rastreamento, algumas medidas ajudam a reduzir o risco:

1. Manter um peso saudável: Reduz a produção excessiva de estrogênio pelo tecido adiposo.
2. Praticar atividade física regular: Contribui para a saúde geral e equilíbrio hormonal.
3. Consultar um médico regularmente: Especialmente após a menopausa, para monitorar alterações hormonais.
4. Tratar condições de risco: Como obesidade e síndrome metabólica.

Conclusão

O câncer de endométrio, quando diagnosticado precocemente, tem altas chances de cura. Prestar atenção aos sinais do corpo e buscar orientação médica em caso de dúvidas é essencial para garantir um tratamento eficaz e a saúde reprodutiva.