Oncocentro - CCO

O estadiamento é um processo essencial na oncologia que consiste em classificar a extensão da doença. Ele avalia:

1. O grau de comprometimento do órgão onde o tumor teve início.
2. Se a doença se espalhou para outras partes do corpo (metástases).

O estadiamento guia o planejamento terapêutico, ajudando a determinar as melhores estratégias para cada paciente.

Como o Estadiamento é Realizado?

O processo envolve:

• História clínica detalhada: Incluindo queixas, sintomas, antecedentes pessoais e familiares.
• Exame físico completo.
• Investigação direcionada: Baseada na história natural da doença, ou seja, nos padrões conhecidos de disseminação do câncer.

Exemplo: Câncer do Intestino Grosso

• O tumor pode crescer localmente, invadindo a parede intestinal.
• Em fases avançadas, células tumorais podem:
  
  • Migrar para gânglios linfáticos próximos. 
  • Atingir a corrente sanguínea e formar metástases, geralmente no fígado e nos pulmões.
  • Por isso, o estadiamento desse tipo de câncer inclui exames que avaliam esses órgãos.

Exames Utilizados no Estadiamento

1. Exames complementares: Como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET-CT, ajudam a identificar a extensão do tumor e possíveis metástases.
2. Exame histopatológico: Resultante da biópsia, determina as características do tumor, como o tipo histológico e grau de agressividade.

O Sistema TNM de Estadiamento

O sistema TNM é um método universalmente aceito para descrever a extensão anatômica do câncer:

• T (Tumor): Avalia o tamanho do tumor primário e sua profundidade de invasão.
• N (Nódulos): Verifica a presença ou ausência de envolvimento de linfonodos regionais.
• M (Metástases): Determina se há ou não metástases à distância.

Essas informações são combinadas para classificar o câncer em categorias de risco, que ajudam a prever:

• A chance de cura.
• A necessidade de tratamentos combinados, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Importância do Estadiamento no Planejamento Terapêutico

O estadiamento é fundamental para:

1. Personalizar o tratamento: Adaptar as terapias às características da doença em cada paciente.
2. Definir as combinações terapêuticas: Por exemplo, pacientes com estágios iniciais podem se beneficiar apenas de cirurgia, enquanto casos avançados podem requerer quimioterapia e radioterapia adicionais.
3. Prever o prognóstico: Identificar pacientes com maior ou menor chance de cura.

Conclusão

O estadiamento não é apenas um passo técnico, mas uma peça-chave para entender a extensão do câncer e planejar um tratamento eficaz. Usar sistemas padronizados como o TNM permite alinhar as decisões clínicas com as melhores evidências disponíveis, maximizando as chances de sucesso e controle da doença.