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Câncer e Cirurgia Oncológica
15 maio
O planejamento do tratamento do câncer envolve a análise detalhada do diagnóstico anatomopatológico e do estadiamento clínico. Esses dados permitem ao médico estabelecer a sequência ideal de terapias para cada paciente, considerando o estágio da doença e os objetivos do tratamento.
Em pacientes diagnosticados em fases iniciais da doença (estádios clínicos iniciais), a cirurgia costuma ser a abordagem principal.
Após a operação, fatores prognósticos e o exame anatomopatológico determinarão a necessidade de tratamentos complementares, como:
O objetivo nesse caso é aumentar as chances de cura e prevenir recidivas.
Para pacientes com doença em estágio intermediário, o planejamento pode incluir tratamentos prévios à cirurgia (terapia neoadjuvante).
Esses tratamentos têm como objetivos:
Exemplo: No câncer de reto, é comum utilizar radioterapia combinada com quimioterapia antes da cirurgia (radioquimioterapia neoadjuvante), seguida de quimioterapia complementar (adjuvante) após a operação.
Em pacientes com doença avançada, o planejamento depende do objetivo do tratamento:
Nesses casos, o tratamento pode envolver:
É realizado antes da modalidade principal de tratamento, como a cirurgia.
Exemplo: Radioquimioterapia neoadjuvante para reduzir o tumor antes da ressecção cirúrgica.
É realizado após a modalidade principal de tratamento, com o objetivo de complementar a terapia e reduzir o risco de recidiva.
Exemplo: Quimioterapia adjuvante em pacientes sem sinais de doença residual após a cirurgia.
É indicado quando há doença residual ou metástases não ressecáveis após a modalidade principal de tratamento.
Exemplo: Quimioterapia para controlar carcinomatose peritoneal ou metástases hepáticas.
O progresso em áreas como a biologia molecular tem permitido:
Esses avanços ajudam a maximizar os benefícios do tratamento, ao mesmo tempo em que reduzem os riscos e efeitos colaterais.
O planejamento do tratamento do câncer deve ser individualizado, levando em conta o estágio da doença, o perfil biológico do tumor e as condições do paciente. Trabalhar com uma equipe multidisciplinar e adotar estratégias baseadas nas melhores evidências médicas são passos fundamentais para o sucesso terapêutico.