Cirurgia Oncológica: Pilar do Tratamento do Câncer

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Câncer e Cirurgia Oncológica

15 maio

Cirurgia Oncológica: Pilar do Tratamento do Câncer

cirurgia oncológica é a modalidade mais antiga no combate ao câncer e continua sendo uma das ferramentas mais eficazes no manejo da doença. Apesar dos avanços em tratamentos complementares como radioterapia e quimioterapia, a cirurgia ainda é o tratamento de escolha para a maioria dos casos de câncer localizado, com impacto significativo nas taxas de cura, controle da doença e qualidade de vida.

A Evolução da Cirurgia Oncológica

A era moderna da cirurgia oncológica começou em 1809, com Ephraim McDowell realizando a primeira remoção bem-sucedida de um tumor de ovário, marcando um avanço crucial na história da medicina. Dois outros fatores importantes impulsionaram a evolução da cirurgia para o câncer:

  1. Introdução da anestesia geral, que eliminou a dor durante os procedimentos.
  2. Princípios de antissepsia, que reduziram os riscos de infecção.

Nomes como Albert Theodore Billroth e William Stewart Halsted desempenharam papéis fundamentais no desenvolvimento das técnicas cirúrgicas. Halsted, por exemplo, introduziu o conceito de ressecção em monobloco, onde os tumores eram removidos junto com órgãos e linfonodos comprometidos, respeitando margens de segurança. Esse método ainda é usado em muitas situações, embora as técnicas modernas sejam mais conservadoras e preservem a funcionalidade e a estética, sem comprometer as taxas de cura.

O Papel Atual da Cirurgia Oncológica

Cerca de 90% dos pacientes com câncer precisam de cirurgia em algum momento do tratamento. O cirurgião oncológico participa de diferentes etapas, como:

  1. Diagnóstico: Biópsias e procedimentos diagnósticos.
  2. Estadiamento: Determinação da extensão da doença.
  3. Tratamento Curativo ou Paliativo: Remoção de tumores ou alívio de sintomas.
  4. Resolução de Complicações: Manejo de intercorrências da progressão da doença ou dos tratamentos.
  5. Apoio Integrado: Instalação de acessos vasculares, alívio da dor e suporte psicológico.

Para casos localizados, a cirurgia é indicada em 90-95% das situações. Já em estágios avançados, a cirurgia pode aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

A Importância da Interdisciplinaridade

A cirurgia oncológica moderna exige colaboração com outras especialidades, como:

  • Oncologistas clínicos, para integração com quimioterapia.
  • Radioterapeutas, para alinhar as fases do tratamento.
  • Equipes multidisciplinares, que incluem fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas.

Esse trabalho conjunto é essencial para oferecer um tratamento abrangente e alcançar os melhores resultados.

Especialização em Cirurgia Oncológica

Nas últimas décadas, a cirurgia oncológica tem se subdividido em áreas especializadas, exigindo dos profissionais:

  • Conhecimento técnico: Para realizar procedimentos especializados.
  • Domínio das terapias complementares: Compreensão das interações entre cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
  • Pesquisa e educação: Capacidade de contribuir para o avanço científico e formação de novos especialistas.

No Brasil, o crescimento dessa especialização reflete a demanda por tratamentos mais sofisticados e personalizados.

Impacto nos Pacientes

Os avanços na cirurgia oncológica têm permitido:

  • Cirurgias menos invasivas: Preservando a função e a estética.
  • Redução de amputações e mutilações: Especialmente em membros.
  • Melhoria da qualidade de vida: Com intervenções mais seguras e eficazes.

Conclusão

A cirurgia oncológica é uma ferramenta indispensável no combate ao câncer, combinando tradição, inovação e trabalho em equipe. Com o avanço contínuo das tecnologias e técnicas, ela continuará desempenhando um papel central no tratamento, oferecendo aos pacientes melhores chances de cura e uma vida com qualidade.