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20 jun
A radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol é uma das principais responsáveis pelos danos à pele. Mesmo sem causar queimaduras visíveis, ela pode provocar alterações no DNA das células cutâneas, favorecendo o desenvolvimento do câncer de pele. Os dois tipos de radiação UV mais relevantes nesse processo são os raios UVB e UVA, que afetam a pele de maneiras diferentes, mas complementares.
Os raios UVB atingem as camadas mais superficiais da pele, a epiderme, causando danos diretos ao DNA celular. Essa radiação provoca alterações químicas no material genético que, se não forem devidamente reparadas, podem levar ao surgimento de mutações importantes para o controle celular, favorecendo o desenvolvimento do câncer.
Já os raios UVA penetram mais profundamente na pele, atingindo a derme. Diferentemente da UVB, a radiação UVA gera dano indireto por meio da produção de radicais livres — moléculas instáveis que atacam não apenas o DNA, mas também proteínas e membranas celulares. Esse estresse oxidativo, quando crônico, está associado ao envelhecimento precoce e ao acúmulo de mutações que podem desencadear o câncer cutâneo ao longo do tempo.
Para proteger a pele contra esses efeitos nocivos, o uso de protetores solares é indispensável. Os filtros físicos, também chamados de minerais, atuam refletindo e dispersando os raios solares. Já os filtros químicos absorvem a radiação UV e a transformam em calor inofensivo. Os protetores solares ideais são aqueles de amplo espectro, ou seja, que oferecem proteção tanto contra UVA quanto contra UVB. Devem ser reaplicados a cada duas horas, ou após contato com água ou suor, para garantir sua eficácia.
É importante entender também a diferença de comportamento entre os dois tipos de radiação ao longo do dia. Os raios UVB, mais energéticos, são os principais responsáveis por queimaduras solares e apresentam pico de intensidade entre 10h e 16h. Já os raios UVA estão presentes desde o nascer até o pôr do sol, atravessam nuvens e vidros, e causam danos cumulativos mais silenciosos, mas igualmente perigosos.
Um aliado importante na prevenção do câncer de pele é a nicotinamida, também conhecida como niacinamida, uma forma da vitamina B3. Estudos clínicos demonstraram que a suplementação oral com 500 mg duas vezes ao dia pode reduzir em até 23% a ocorrência de novos casos de câncer de pele não melanoma em pessoas com histórico da doença. A nicotinamida age reforçando os mecanismos de reparo do DNA, reduzindo a imunossupressão induzida pela radiação UV e combatendo a formação de radicais livres com sua ação antioxidante.
Além do uso de protetor solar, é essencial evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 16h, quando a radiação UVB é mais intensa. Roupas leves e protetoras, chapéus de aba larga e óculos com filtro UV complementam a proteção. Observar diariamente o índice UV — disponível em aplicativos e sites de meteorologia — ajuda a planejar melhor as atividades ao ar livre, aumentando a segurança.
A exposição solar desprotegida está diretamente ligada ao surgimento do câncer de pele. Entender como a radiação atua no organismo, como os mecanismos de defesa funcionam e quais estratégias podemos adotar para proteger nossa pele é essencial. A prevenção, nesse contexto, é sempre o melhor caminho.
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