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21 fev
Na oncologia moderna, o cirurgião desempenha um papel central, que vai muito além da simples realização de procedimentos técnicos. Ele é essencial para o planejamento, execução e acompanhamento do tratamento oncológico, sendo fundamental em várias etapas do manejo de pacientes com câncer.
A Centralidade do Cirurgião no Tratamento do Câncer Cerca de 90% dos pacientes com tumores sólidos necessitarão da participação do cirurgião em algum momento. Esse envolvimento pode ocorrer de diversas maneiras:
– Diagnóstico: por meio de biópsias e procedimentos diagnósticos.
– Tratamento curativo ou paliativo: cirurgias para remover tumores ou aliviar sintomas.
– Gestão de complicações: intervenções para tratar problemas decorrentes da progressão da doença.
– Instalação de dispositivos: como cateteres venosos para quimioterapia.
– Controle da dor: procedimentos específicos para melhorar a qualidade de vida.
– Suporte psicológico: auxílio ao paciente e seus familiares durante o processo.
A Cirurgia como Ponto de Partida e de Continuidade
Para 90-95% dos casos de câncer em fase inicial, a cirurgia é o tratamento de escolha, com objetivos claros:
1) Cura da doença
2) Aumento da sobrevida
3) Melhora na qualidade de vida
Mesmo em pacientes com doença avançada, a cirurgia mantém relevância, oferecendo alívio de sintomas, manejo de complicações e suporte paliativo.
O Cirurgião como Comandante
Se compararmos o tratamento do câncer a uma viagem de navio, o cirurgião seria o comandante, responsável por:
Planejar a rota: Estabelecer o curso terapêutico com base no estadiamento e nas necessidades do paciente.
Tomar decisões estratégicas: Resolver imprevistos e adaptar o tratamento conforme a evolução da doença.
Garantir segurança e bem-estar: Propiciar confiança e conforto ao paciente e à equipe envolvida.
Assim como um comandante depende de tecnologia, conhecimento técnico e trabalho em equipe, o cirurgião oncologista colabora com outras especialidades para alcançar o melhor destino possível: a cura ou o controle efetivo da doença.
A Importância da Interdisciplinaridade
No futuro da oncologia, a interação entre diferentes especialistas será cada vez mais necessária. O cirurgião oncologista, o oncologista clínico e o radioterapeuta devem atuar de forma integrada, apoiados por equipes multidisciplinares, incluindo:
Outras especialidades médicas, como patologistas e geneticistas.
Profissionais paramédicos, como fisioterapeutas e psicólogos.
Esse trabalho conjunto visa alcançar.
Melhores índices de cura
Aumento da sobrevida
Melhora da qualidade de vida
Conclusão
O cirurgião na oncologia moderna não é apenas um executor de procedimentos, mas sim um líder estratégico no cuidado ao paciente com câncer. Sua atuação requer domínio técnico, visão ampla do tratamento multidisciplinar e sensibilidade para atender às necessidades individuais de cada paciente.
Com os avanços tecnológicos e terapêuticos, a colaboração entre profissionais será fundamental para atingir resultados cada vez melhores, consolidando o papel do cirurgião como uma peça-chave na oncologia do futuro.
Palavras-chave
Cirurgia oncológica, oncologia moderna, interdisciplinaridade, tratamento do câncer, papel do cirurgião.